No
dia de hoje em se assinala o Dia Internacional da Mulher, recorremos às
conclusões do 6.º Inquérito Europeu às Condições de Trabalho para retirar a informação relativa à segregação de género e à utilização do tempo e equilíbrio entre vida profissional e privada, dois temas que muito se relacionam com as mulheres.
Segregação de género
As
modalidades de participação de mulheres e homens de diferentes idades no
mercado de trabalho e o trabalho que ambos realizam variam consideravelmente.
A
segregação de género é uma característica persistente dos mercados de trabalho europeus.
Apesar dos progressos realizados, mulheres e homens continuam a enfrentar
diferenças no trabalho em muitos domínios, desde a profissão e o setor ao
contrato tipo, à remuneração e ao tempo de trabalho.
Mais
de metade de todos os trabalhadores declaram que partilham o seu cargo principalmente
com trabalhadores do mesmo sexo que eles próprios (58 % dos homens e 54 % das mulheres),
enquanto apenas um quinto (21 %) dos trabalhadores declara partilhar o seu
cargo com igual proporção de homens e mulheres.
Em
termos de segregação hierárquica, a percentagem de todos os trabalhadores que
indicam ter um supervisor do sexo feminino aumentou de 24% em 2000 para 33 % em
2015.
No entanto, dois terços dos trabalhadores (67
%) continuam a ter um supervisor do sexo masculino. Uma análise mais
aprofundada revela ainda outras diferenças entre os géneros: metade dos trabalhadores
do sexo feminino têm um supervisor do sexo feminino, comparativamente a apenas
15 % no caso dos homens.
Utilização
do tempo e equilíbrio entre vida profissional e privada
A
consecução do objetivo da Estratégia Europa 2020 de aumentar para 75 % a taxa
de emprego na faixa etária dos 20 64 anos depende em grande medida do aumento
da participação das mulheres no mercado de trabalho na Europa.
Para
garantir uma maior participação das mulheres, é necessário compreender a
interação do tempo de trabalho com outras vertentes do tempo, como o tempo das deslocações
entre casa e trabalho e o trabalho não remunerado.
As
conclusões confirmam a existência de desigualdades entre homens e mulheres na partilha
de responsabilidades na prestação de cuidados e no trabalho doméstico não
remunerado, sendo que são as mulheres que realizam a maior parte do trabalho
não remunerado.
O
indicador composto do IECT respeitante ao tempo de trabalho remunerado e não
remunerado – que inclui o trabalho remunerado no emprego principal e no segundo
emprego, o tempo das deslocações entre casa e trabalho e o trabalho não
remunerado (ligado principalmente aos cuidados aos filhos e a outras pessoas
dependentes) – mostra que, de um modo geral, o número de horas de trabalho é
mais elevado para as mulheres quando calculadas as horas de trabalho remunerado
e não remunerado.
Fonte: Primeiras Conclusões do Inquérito Europeu às Condições de Trabalho
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