Vera Moreira, Paulo Marques Alves, Maria do
Carmo Botelho
Resumo: Nas últimas décadas
verificou-se uma enorme expansão dos call centers. Vários autores têm
considerado que o trabalho nestas organizações tem muitas semelhanças com o
trabalho fabril taylorizado, quer devido às características das tarefas quer
pelo impacto negativo que frequentemente têm junto dos trabalhadores.
A presente investigação foi
realizada num call center de um banco, onde se verificou uma taxa de turnover
de 136% (valor relativo a saídas voluntárias) entre os operadores de outbound.
Metodologicamente optou-se por um método quantitativo, tendo sido aplicado um
inquérito por questionário aos operadores que rescindiram o contrato de
trabalho entre 01/01/12 e 30/06/14. O estudo revela que os ex-operadores
manifestam o carácter simples e repetitivo das tarefas, uma perceção negativa
de progressão na carreira e a inadequabilidade do salário e das recompensas.
Verifica-se também a perceção de
burnout, traduzindo-se no cinismo e exaustão do ex-operador, que
consequentemente pode ter influência no turnover, um fenómeno organizacional
associado à insatisfação no trabalho.
Os aspetos mais relevantes de
insatisfação dizem respeito à equipa de supervisão e ao seu feedback para com
os assistentes; ao salário e às recompensas; à identidade perante as funções e
ao tipo de funções realizadas, bem como à possibilidade de progressão na
carreira.
Fonte: Artigo Desumanização do trabalho e turnover num call
center de uma instituição bancária
Aceda ao Artigo Aqui.
1 Universidade do Minho,
Braga, Portugal, eu.vera.moreira@gmail.com ; 2 Professor Auxiliar do
ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa e investigador no DINÂMIA’CET-IUL.
E-mail: paulo.alves@iscte.pt ; 3 Professora Auxiliar do ISCTE-Instituto
Universitário de Lisboa e investigadora no CIES-IUL. E-mail:
maria.botelho@iscte.pt
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