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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Reabilitação e regresso ao trabalho após o cancro — instrumentos e práticas

 

O projeto intitulado «Reabilitação e regresso ao trabalho após o cancro – instrumentos e práticas» [Rehabilitation and return to work after cancer – instruments and practices] apresenta uma perspetiva sobre as questões relacionadas com a reabilitação e o regresso ao trabalho após um diagnóstico de cancro e os problemas enfrentados pelos trabalhadores afetados por cancro e pelos seus empregadores.

 

Formula ainda recomendações relativas a instrumentos, práticas, políticas e intervenções para apoiar de forma eficaz o regresso ao trabalho dos trabalhadores afetados por cancro.

 

Não obstante datar de 2012, este documento não perde a atualidade, continuando a ser uma referência no domínio da temática do cancro relacionado com o trabalho, especificamente no que se refere às questões relativas ao regresso ao trabalho após a vivência de um cancro.

 

Segue a introdução:

 

 Todos os anos, são diagnosticados cerca de 3,4 milhões de novos casos de cancro na Europa, cerca de metade dos quais em pessoas em idade ativa. Embora a ocorrência de cancro difira consoante a região da Europa, os tipos de cancro que apresentam maior incidência são o cancro da mama, colorretal, da próstata e do pulmão.

 

Estima-se que, em 2012, estes tipos de cancro representaram mais de metade das ocorrências globais de cancro na Europa. O impacto do cancro na vida quotidiana das pessoas é imediato e significativo. O diagnóstico resulta, normalmente, em longos períodos de ausência por doença devido a tratamentos médicos e a restrições funcionais.

 

Embora, em termos gerais, a gestão do cancro tenha melhorado ao longo das últimas três décadas e o número total de pessoas que sobrevivem ao cancro seja cada vez maior, muitos sobreviventes de cancro enfrentam sintomas e incapacidades prolongados (por exemplo, fadiga) após a conclusão do tratamento.

 

Estes sintomas e incapacidades podem afetar a capacidade de trabalho dos sobreviventes de cancro, dificultando a sua permanência ou reentrada no mercado de trabalho. A investigação mostra que a maioria dos sobreviventes de cancro consegue permanecer ou regressar ao trabalho, mas que, em termos globais, enfrentam um risco de desemprego 1,4 vezes superior ao dos indivíduos que nunca foram diagnosticados com cancro.

 

É, por isso, importante otimizar a reabilitação e o regresso ao trabalho dos trabalhadores afetados por cancro, quer para melhorar o bem-estar deste grupo vulnerável, quer para reduzir o impacto social e financeiro dos casos de cancro nas empresas europeias e na sociedade em geral. Os instrumentos, as práticas, as políticas e as intervenções destinados a promover a reabilitação e o regresso ao trabalho são claramente importantes.

 

O projeto «Reabilitação e regresso ao trabalho após o cancro — instrumentos e práticas» informa os decisores políticos sobre a questão emergente da reabilitação e do regresso ao trabalho após o cancro e apresenta exemplos nacionais de instrumentos, práticas, políticas e intervenções eficazes para evitar longos períodos de ausência por doença e o desemprego.

 

O projeto foi dividido nas seguintes tarefas principais:

§ uma análise da literatura em matéria de reabilitação e regresso ao trabalho após um diagnóstico de cancro;

§ descrições pormenorizadas dos instrumentos, práticas, políticas e intervenções destinadas a apoiar a reabilitação e o regresso ao trabalho após um diagnóstico de cancro;

§ estudos de casos de empresas;

§ investigação qualitativa junto de peritos e intermediários;

 § apoio ao seminário da EU-OSHA com as partes interessadas.


Aceda a esta publicação Aqui.



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