O projeto intitulado «Reabilitação e regresso ao trabalho após o cancro – instrumentos e práticas» [Rehabilitation and return to work after cancer – instruments and practices] apresenta uma perspetiva sobre as questões relacionadas com a reabilitação e o regresso ao trabalho após um diagnóstico de cancro e os problemas enfrentados pelos trabalhadores afetados por cancro e pelos seus empregadores.
Formula
ainda recomendações relativas a instrumentos, práticas, políticas e
intervenções para apoiar de forma eficaz o regresso ao trabalho dos
trabalhadores afetados por cancro.
Não
obstante datar de 2012, este documento não perde a atualidade, continuando a
ser uma referência no domínio da temática do cancro relacionado com o trabalho,
especificamente no que se refere às questões relativas ao regresso ao trabalho após a vivência
de um cancro.
Segue
a introdução:
Todos os anos, são diagnosticados cerca de 3,4
milhões de novos casos de cancro na Europa, cerca de metade dos quais em
pessoas em idade ativa. Embora a ocorrência de cancro difira consoante a região
da Europa, os tipos de cancro que apresentam maior incidência são o cancro da
mama, colorretal, da próstata e do pulmão.
Estima-se
que, em 2012, estes tipos de cancro representaram mais de metade das
ocorrências globais de cancro na Europa. O impacto do cancro na vida quotidiana
das pessoas é imediato e significativo. O diagnóstico resulta, normalmente, em
longos períodos de ausência por doença devido a tratamentos médicos e a
restrições funcionais.
Embora,
em termos gerais, a gestão do cancro tenha melhorado ao longo das últimas três
décadas e o número total de pessoas que sobrevivem ao cancro seja cada vez
maior, muitos sobreviventes de cancro enfrentam sintomas e incapacidades
prolongados (por exemplo, fadiga) após a conclusão do tratamento.
Estes
sintomas e incapacidades podem afetar a capacidade de trabalho dos
sobreviventes de cancro, dificultando a sua permanência ou reentrada no mercado
de trabalho. A investigação mostra que a maioria dos sobreviventes de cancro
consegue permanecer ou regressar ao trabalho, mas que, em termos globais,
enfrentam um risco de desemprego 1,4 vezes superior ao dos indivíduos que nunca
foram diagnosticados com cancro.
É,
por isso, importante otimizar a reabilitação e o regresso ao trabalho dos
trabalhadores afetados por cancro, quer para melhorar o bem-estar deste grupo
vulnerável, quer para reduzir o impacto social e financeiro dos casos de cancro
nas empresas europeias e na sociedade em geral. Os instrumentos, as práticas,
as políticas e as intervenções destinados a promover a reabilitação e o
regresso ao trabalho são claramente importantes.
O
projeto «Reabilitação e regresso ao trabalho após o cancro — instrumentos e
práticas» informa os decisores políticos sobre a questão emergente da
reabilitação e do regresso ao trabalho após o cancro e apresenta exemplos
nacionais de instrumentos, práticas, políticas e intervenções eficazes para
evitar longos períodos de ausência por doença e o desemprego.
O
projeto foi dividido nas seguintes tarefas principais:
§ uma
análise da literatura em matéria de reabilitação e regresso ao trabalho após um
diagnóstico de cancro;
§
descrições pormenorizadas dos instrumentos, práticas, políticas e intervenções
destinadas a apoiar a reabilitação e o regresso ao trabalho após um diagnóstico
de cancro;
§
estudos de casos de empresas;
§
investigação qualitativa junto de peritos e intermediários;
§
apoio ao seminário da EU-OSHA com as partes interessadas.
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