Nos últimos anos foram
introduzidos, em alguns locais de trabalho, novos dispositivos auxiliares
utilizados no corpo, os chamados exoesqueletos, que servem para ajudar os
trabalhadores a executar tarefas relacionadas com a movimentação manual,
reduzindo assim a carga suportada pelo corpo do utilizador.
Os exoesqueletos parecem
proporcionar uma nova abordagem para lidar com a prevenção das lesões
músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho (LMERT), pois podem reduzir a
tensão muscular nas partes do corpo que são frequentemente afetadas, tais como,
a região lombar ou os ombros. Não esquecer que as LMERT continuam a ser um dos
problemas de saúde mais significativos nos locais de trabalho.
Contudo, apesar dos
potenciais benefícios dos exoesqueletos para prevenir as LMERT é também
necessário ter em conta que estes dispositivos podem dar origem a novas
preocupações e desafios em matéria de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Tal
significa que poderão surgir novos riscos potenciais para a saúde devido a uma
redistribuição da tensão para outras partes do corpo.
Além disso, o uso destes
dispositivos poderá contribuir para negligenciar a conceção ergonómica dos
locais de trabalho que, como sabemos, é centrada no ser humano. Os efeitos a
longo prazo da utilização de exoesqueletos, a nível dos parâmetros fisiológico,
biomecânico e psicossocial são, pois, ainda pouco conhecidos.
Por último, nunca é demais
sublinhar que de acordo com a hierarquia de medidas de controlo de riscos,
devem ser sempre consideradas, em primeiro lugar, as medidas de prevenção
técnica e organizacional coletivas, sendo as medidas técnicas individuais, tais
como equipar um trabalhador com um exoesqueleto, consideradas um último recurso.
Aceda à
publicação Aqui.
https://www.ugt.pt/comunicados/comunicados-846?ano=9999
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