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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Pandemia não diminuiu acidentes de trabalho fatais

 



imagem com DR

 

Notícia publicada no JN, '1 de outubro de 2021


Apesar do confinamento e do teletrabalho, 121 pessoas morreram em 2020, igualando o registo de 2019. Setores com mais sinistros não pararam, diz a Autoridade para as Condições de Trabalho.


A pandemia não baixou o número de acidentes de trabalho mortais, apesar dos períodos de confinamento e da obrigatoriedade do teletrabalho. De acordo com os dados disponíveis no site da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), no ano passado, 121 pessoas perderam a vida em contexto laboral. Trata-se do mesmo número de vítimas quando comparado com 2019, ou seja, no período pré-covid. Até junho deste ano, contabilizavam-se já 37 acidentes fatais.



Em contrapartida, houve uma redução significativa nos acidentes graves registados, passando de 506 em 2019 para 340 em 2020. Feitas as contas, em média, todos os dias ocorre um acidente grave ou mortal em contexto laboral.

A construção, as indústrias transformadoras, a agricultura e a produção animal respondem pela maioria dos sinistros. São setores que, justificou a ACT ao JN, "não pararam a atividade na pandemia".

Segundo as informações disponíveis no site da autoridade do trabalho, atualizadas em junho deste ano, a maioria dos sinistros mortais ocorreu nas instalações das empresas, sendo que a esmagadora maioria das vítimas são homens.

Lisboa é o distrito com mais acidentes fatais nos últimos três anos. Em 2020, com mais de 10 vítimas, estão ainda o Porto, Aveiro e Setúbal. No ano passado, só o distrito da Guarda não teve vítimas no trabalho. Vila Real e Portalegre contabilizaram uma morte.

No que toca a acidentes graves, desde 2018 o número tem vindo a cair, passando de 550 sinistros para 506 em 2019. Já no ano passado, registaram-se 340 pessoas com ferimentos graves.

De acordo com a ACT, as empresas com acidentes graves e mortais são alvo de inspeções regulares, através de "visitas inspetivas focadas na sensibilização para a importância da análise e implementação de medidas preventivas e corretivas", com o objetivo de garantir "as condições de segurança e saúde em todos os locais de trabalho e para todos os trabalhadores".


Fonte: JN

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