(imagem com DR)
No passado dia 10 de setembro de 2020, a Federação Europeia de
Sindicatos dos Setores da Alimentação, Agricultura e Turismo (EFFAT) apresentou
dez medidas para reformar o setor da transformação de carne a nível europeu.
Desde há muitos anos que a EFFAT tem vindo sinalizar as
condições de trabalho deploráveis entre os trabalhadores da carne na Europa.
Quer sejam trabalhadores através de práticas abusivas de subcontratação, como
trabalhadores de agências temporárias, trabalhadores destacados ou forçados a
aceitar o falso estatuto de trabalhador independente, as condições de trabalho
de uma grande parte dos trabalhadores da carne são simplesmente deploráveis.
As filiais da EFFAT reportam locais de trabalho frios e húmidos,
má ventilação, pisos sobrelotados e ocorrência de acidentes de trabalho com ferimentos
frequentes, cortes e quedas. Além disso, muitos trabalhadores móveis são
obrigados a viver em alojamentos sobrelotados, quer para reduzir custos, quer
porque o alojamento está diretamente ligado ao seu contrato de trabalho.
A pandemia lançou uma nova luz sobre as condições de trabalho e
de vida dos trabalhadores da carne na Europa, com todos estes diferentes
fatores a contribuir para a transmissão do vírus. Num relatório detalhado, a
EFFAT estabelece uma ligação entre as condições de trabalho e o número de casos
de Covid-19 que se encontram associados às unidades de transformação de carne.
Com os problemas que afetam o setor longe de se restringirem às
fronteiras nacionais, a EFFAT pede uma resposta forte e ambiciosa da UE.
Apresentou dez exigências de ações sustentáveis para pôr fim à exploração
sistémica dos trabalhadores do setor da carne.
Três destas exigências são consideradas prioritárias: uma
iniciativa abrangente da UE para regulamentar a utilização da subcontratação, a
garantia de uma habitação decente para todos os trabalhadores móveis e a
introdução de um Número Europeu de Segurança Social (ESSN).
De um modo mais geral, o EFFAT defende uma abordagem abrangente,
desde a política social até ao consumo responsável dos consumidores.
Referências:
·
O
relatório da EFFAT sobre as condições de trabalho e de vida
Nota: Tradução da responsabilidade do Departamento de SST
Aceda à versão original Aqui.
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