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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

COVID-19: VOLTAR AO LOCAL DE TRABALHO - Adaptação dos locais de trabalho e proteção dos trabalhadores

 

 

 


 (imagem com DR)


Cuidar dos trabalhadores doentes

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, os sintomas mais frequentes da COVID-19 são febre, cansaço e tosse seca. Algumas pessoas ficam infetadas, mas não desenvolvem quaisquer sintomas e não se sentem mal.

A maioria das pessoas (cerca de 80%) recupera da doença sem necessidade de tratamento especial. Cerca de uma em cada seis pessoas infetadas pela COVID-19 fica gravemente doente e desenvolve dificuldades respiratórias.

 As pessoas mais velhas e os doentes com patologias médicas subjacentes, tais como tensão arterial elevada, problemas cardíacos ou diabetes, têm uma maior probabilidade de desenvolver doença grave.

As pessoas que ficaram gravemente doentes podem necessitar de atenção especial mesmo depois de terem sido declaradas aptas para trabalhar.

Existem algumas indicações de que os doentes com coronavírus podem sofrer uma redução da capacidade pulmonar após um episódio da doença. Os trabalhadores nessa situação podem necessitar de adaptar o seu trabalho e podem necessitar de ausentar-se para se submeterem a fisioterapia.

Os trabalhadores que tiveram de passar algum tempo nos cuidados intensivos (CI) podem enfrentar desafios específicos.

O médico do trabalhador e o serviço de saúde no trabalho, se disponível, devem aconselhar a forma e o momento do seu regresso ao trabalho:

 

Fraqueza muscular. Isto torna-se mais grave quanto mais tempo o doente estiver nos CI. A redução da capacidade muscular também se manifesta, por exemplo, em queixas respiratórias. Outro fenómeno comum, mas menos frequentemente reconhecido, é a síndrome pós-internamento em cuidados intensivos (SPICS). Isto acontece em cerca de 30 a 50% das pessoas admitidas nos CI e é comparável a uma perturbação de stress pós-traumático.

 

Problemas de memória e concentração. Muitas vezes, estas queixas só se desenvolvem com o tempo. Depois de alguém começar a trabalhar, isto nem sempre é reconhecido.

 Os sintomas visíveis no trabalho são problemas de memória e concentração, dificuldade em desempenhar as tarefas de forma satisfatória e capacidades de resolução de problemas mais fracas. Portanto, é importante estar atento a esta situação se tiver conhecimento de que alguém esteve nos CI.

Uma boa orientação é muito importante, pois é difícil para alguns trabalhadores voltar ao seu nível de desempenho anterior.

 

Muito tempo para retomar o trabalho. Os dados mostram que um quarto a um terço das pessoas que estão nos CI podem desenvolver problemas, independentemente da sua idade. Aproximadamente metade dos doentes necessitam de um ano para retomar o trabalho e até um terço poderá nunca regressar.

Os médicos da medicina do trabalho e os serviços de saúde estão numa melhor posição para prestar aconselhamento sobre como cuidar dos trabalhadores que estiveram doentes e sobre quaisquer adaptações que sejam necessárias no seu trabalho.

Se não dispõe de um serviço de saúde no trabalho, é importante abordar estas questões com sensibilidade e respeitar a privacidade e a confidencialidade dos trabalhadores. Esteja ciente do risco de os trabalhadores que estiveram doentes com COVID-19 poderem sofrer estigma e discriminação.


Saiba mais Aqui.



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