Uma
nova investigação da UE-OSHA, em colaboração com peritos do Centro Comum de
Investigação da Comissão Europeia, a Eurofound e vários peritos em Segurança e Saúde no Trabalho (SST), revelou o âmbito completo das implicações relacionadas
com o teletrabalho durante a pandemia.
A
investigação, que abrange a organização do trabalho, a qualidade do trabalho, o
equilíbrio entre a vida profissional e a vida profissional, a ergonomia e muito
mais, foi o foco de um webinar que teve lugar no mês de março.
O objetivo
deste webinar foi o de explorar os riscos relacionados com a SST ligados ao
teletrabalho e as políticas de prevenção relevantes que poderiam ser aplicadas
a cenários de teletrabalho, a fim de tornar a prática segura e saudável para
todos os trabalhadores.
O
seminário começou com uma apresentação do Centro Comum de Investigação. Sublinharam que o teletrabalho envolve todas
as dimensões do processo de trabalho – incluindo o quê, quando, onde e como a
produção ocorre. Isto significa que os empregadores não devem olhar para o
teletrabalho como algo que afeta apenas o local de trabalho – tem implicações na
organização do trabalho, nas relações de poder, na coordenação, no
controlo/autonomia, na rotina e nos instrumentos utilizados.
Em
seguida, investigadores da NOTUS abordaram os riscos psicossociais ligados ao
teletrabalho. Chamaram a atenção para o impacto do teletrabalho em fatores como
a sobrecarga da informação e da comunicação, a pressão do tempo, o isolamento,
os conflitos entre a vida profissional e a vida profissional e a necessidade de
estarem constantemente disponíveis – todos eles podem ser considerados fatores
de risco psicossociais.
Stefania
Capecchi, Professora Associada de Estatísticas Sociais da Universidade de
Nápoles Federico II apresentou os principais pontos de dados relacionados com o
teletrabalho do terceiro Inquérito Europeu às Empresas da UE-OSHA sobre Riscos
Novos e Emergentes (ESENER-3) e salientou o facto de a pandemia ter tornado a
teletrabalho uma possibilidade a longo prazo, especialmente nas grandes
empresas.
Os
principais riscos e como evitá-los foram o foco de uma apresentação da
consultora de investigação Ecorys, abordando alguns dos riscos gerais
envolvidos no teletrabalho, como a temperatura, a iluminação, o ruído e o
perigo de tropeçar nos cabos, além de riscos mais específicos relacionados com
questões ergonómicas ou psicossociais. Sublinharam o valor de uma boa
comunicação e avaliações de risco para ajudar a identificar e mitigar estes
riscos.
O
serviço externo belga de prevenção e proteção no trabalho, IDEWE, discutiu se é
mais benéfico trabalhar a partir de casa, ou num ambiente socialmente
distanciado. A discussão destacou fatores como o impacto do teletrabalho na
saúde mental, saúde física e ergonomia.
O
seminário terminou com uma apresentação da Eurofound, que considerou a
importância do direito de desligar durante o teletrabalho. Pelo menos um em
cada cinco trabalhadores europeus estará a fazer teletrabalho regularmente
mesmo após a pandemia, e esta forma de trabalhar apresenta novos desafios em
termos de condições de trabalho e de saúde dos trabalhadores.
Tendo
em conta que é muito provável que o teletrabalho esteja aqui para ficar, este
seminário forneceu uma visão útil de como tornar a prática segura, saudável e
sustentável para os trabalhadores.
O relatório deste seminário foi divulgado, podendo aceder Aqui.
Tradução da responsabilidade do Departamento de SST
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