O número de inspeções
laborais entrou em colapso em toda a Europa na última década, deixando os
locais de trabalho menos preparados para a pandemia Covid-19. Uma nova
investigação da confederação sindical europeia ETUC revela que as inspeções de
segurança foram reduzidas para um quinto desde 2010, passando de 2,2 milhões de
visitas anuais para 1,7 milhões.
A década registou a
perda de mais de 1000 inspetores do trabalho em toda a UE. Mais de um terço dos
países europeus já não cumpre o padrão da OIT de ter 1 inspetor do trabalho por cada
10.000 trabalhadores.
A ETUC afirma que os cortes deixaram os locais de trabalho menos preparados para a pandemia Covid-19. O relatório revela que a Roménia teve a maior queda de inspetores (45 por cento), seguida do Reino Unido (32 por cento).
O secretário-geral adjunto da ETUC, Per Hilmersson, afirmou: "É um escândalo que o número de controlos de segurança no local de trabalho tenha sido o mais baixo numa década quando o Covid-19 atingiu.
As inspeções laborais foram cortadas em toda a
Europa em resultado da austeridade e que, sem dúvida, deixaram os locais de
trabalho menos preparados para a pandemia e podem ter custado muitas
vidas."
E acrescentou:
"Está na altura de a Europa deixar de tratar a vida tão barata e colocar a
segurança das pessoas em primeiro lugar. Todos os países precisam de aumentar
drasticamente o seu número de inspetores do trabalho para facilitar o regresso
seguro ao trabalho após a pandemia, bem como lidar com o número
inaceitavelmente elevado de acidentes fatais e cancro relacionado com o
trabalho."
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