imagem com DR
O
trabalho em plataformas digitais pode ser acelerado pela pandemia em curso, reduzindo
os salários e as condições de trabalho dos trabalhadores, adverte um estudo
sobre o desenvolvimento do trabalho de plataforma nos países nórdicos
(Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia).
Nas
economias nórdicas, as empresas de plataformas estabeleceram-se em particular
no trabalho de limpeza, transporte, entrega de alimentos e tradução/edição.
Essas indústrias geralmente têm reduzidos critérios de entrada, baixos requisitos
de qualificação formal, baixas taxas de sindicalização e baixa remuneração.
O
estudo observa que a pandemia tem destacado e intensificado as condições de
trabalho precárias dos trabalhadores das plataformas.
Como
os trabalhadores das plataformas são geralmente classificados como autónomos ou
freelancers, muitas vezes não têm proteções sociais, como o subsídio de desemprego
e licenças/baixas médicas.
Durante
a pandemia Covid-19, tais condições significaram que as opções disponíveis para
muitos trabalhadores foram trabalhar e arriscar ser infetados, ou não trabalhar
e não ganhar dinheiro.
Outros
desafios do ambiente de trabalho que surgem do trabalho em plataforma incluem a
insegurança no trabalho, o trabalho solitário e o isolamento e risco de
acidentes.
O
trabalho em plataformas também levanta dois desafios específicos à Saúde e Segurança
do Trabalho:
- As responsabilidades pouco claras do empregador tornam opaco quem é responsável
pela saúde e segurança do trabalho;
- Os trabalhadores das plataformas digitais podem ser expostos à constante vigilância e
avaliação digital, o que pode ser prejudicial ao ambiente de trabalho
psicossocial.
Não
foi coincidência que o trabalho de plataformas tenha surgido após a crise
financeira de 2008 nos países nórdicos, quando as taxas de desemprego
aumentaram, e as taxas de emprego entre jovens diminuíram. Os choques económicos
iniciados pela pandemia podem facilitar o crescimento adicional dos modelos de
negócios baseados em plataformas devido ao aumento do desemprego.
Tradução
da responsabilidade do Departamento de SST
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