O
impacto do calor e das ondas de calor na saúde, segurança e bem-estar dos
trabalhadores e nas desigualdades sociais
A
exposição ao calor relacionada com as condições meteorológicas tornou-se uma
preocupação sanitária, dadas as amplas repercussões que tem para a saúde. Tanto
a investigação fisiológica como a epidemiologia mostram que o impacto do calor
na saúde humana vai muito além das condições de calor agudas, tais como a
exposição ao calor extremo que pode potencialmente ser fatal.
O
calor agrava os problemas associados a uma grande variedade de doenças
cardiovasculares, respiratórias e outras doenças agudas e de saúde reprodutiva.
Durante as ondas de calor há um aumento da mortalidade relacionada com a
ocorrência de acidentes.
Estes
acontecimentos adicionam riscos, nomeadamente, aos trabalhadores, especialmente
quando estes são cobertos por fatores de stresse do calor ocupacional
pré-existentes, como a utilização de equipamento de proteção individual, o que
pode dificultar a dissipação do calor corporal, do esforço ou de outros riscos
profissionais.
À
medida que as alterações climáticas multiplicam o número de dias quentes e a
sua intensidade, e aumentando o período de verão, uma maior variedade de
ocupações estão a tornar-se potencialmente expostas ao calor. Alguns postos de
trabalho ficaram expostos em consequência da economia "sem fim" e da
gestão contemporânea do tempo de trabalho.
A
ETUI defende, nesta publicação, que o stresse térmico relacionado com as
condições meteorológicas deve ser considerado um risco ocupacional que merece um reconhecimento social crescente, a fim de ser considerado como um
risco ocupacional emergente que exige uma ação pública.
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