(imagem com DR)
Já se encontram disponíveis
as primeiras conclusões do inquérito online «Viver, trabalhar e a COVID-19»
lançado pela Eurofound.
Principais conclusões
Os países mais afetados pela
pandemia registam um impacto mais significativo no seu bem-estar. Os resultados
de alguns países são particularmente surpreendentes e a satisfação com a vida
em França situa-se agora no seu nível mais baixo em comparação com inquéritos
realizados antes da crise.
Mais de metade dos europeus
mostra preocupação com o seu futuro como consequência da crise da COVID-19, com
apenas 45 % a revelar-se otimista. Ao contrário dos inquéritos realizados antes
da pandemia, países como a França, a Bélgica, a Itália e a Grécia registam uma
quebra dos níveis de otimismo abaixo da média da UE.
Os europeus apresentam
níveis de confiança na UE e nos seus governos nacionais extremamente baixos,
especialmente em vários Estados-Membros tradicionalmente pró-UE, como a França,
a Itália e a Espanha , levantando questões fundamentais sobre a perceção da
ação da UE durante a crise.
Nesta fase, mais de um
quarto dos inquiridos de toda a UE afirma ter perdido o emprego de forma
temporária (23 %) ou permanente (5 %) , sendo os jovens os mais afetados.
Metade dos europeus profissionalmente ativos está a assistir a uma redução do
seu horário de trabalho, especialmente na Roménia, Itália, França, Chipre e
Grécia. Os países nórdicos registaram o menor número de reduções no horário de
trabalho.
Quase 40 % dos europeus
declaram um agravamento da sua situação financeira em relação ao período
anterior à pandemia, o dobro dos números comunicados em inquéritos anteriores à
crise. Quase metade dos inquiridos indica que os seus agregados não podem fazer
face às despesas e mais de metade revela não poder manter o seu nível de vida
durante mais de três meses sem rendimentos. A situação é ainda mais dramática
para três quartos dos desempregados que não conseguem sobreviver durante mais
de três meses, com 82 % a declarar que o seu agregado revela dificuldades em
fazer face às despesas.
Resumo
No espaço de apenas algumas
semanas, a pandemia de COVID-19 causada pelo novo coronavírus transformou
radicalmente a vida das pessoas em todo o mundo. Para além das consequências
devastadoras para a saúde das pessoas diretamente afetadas pelo vírus, a
pandemia de COVID-19 teve grandes implicações na forma como as pessoas vivem e
trabalham, afetando profundamente o seu bem-estar físico e psicológico. Para
ter em conta os efeitos económicos e sociais imediatos desta crise, a Eurofound
lançou, a 9 de abril, um vasto inquérito em linha em toda a União Europeia e
não só.
Intitulado: «Viver, trabalhar e a COVID-19», o objetivo do inquérito é
investigar o impacto no bem-estar, no trabalho e no teletrabalho, bem como na
situação financeira dos europeus. Inclui uma série de questões relevantes para
pessoas de várias faixas etárias e situações de vida. A maioria das perguntas
baseia-se no Inquérito Europeu sobre a Qualidade de Vida (EQLS) e no Inquérito
Europeu sobre as Condições de Trabalho (IECT) da Eurofound, ao passo que outras
são novas ou foram adaptadas de outras fontes, como as Estatísticas da UE sobre
Rendimento e Condições de Vida (EU-SILC).
Aceda ao documento Aqui.
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