(imagem com DR)
Após o lançamento do inquérito online da
Eurofound "Living, working and COVID-19", durante o mês de
abril, já se encontram disponíveis as primeiras conclusões no website da
EUROFOUND.
No espaço de apenas algumas semanas, a
pandemia COVID-19 causada pelo novo coronavírus transformou radicalmente a vida
das pessoas em todo o mundo. Para além das consequências devastadoras para a
saúde das pessoas diretamente afetadas pelo vírus, a pandemia COVID-19 tem tido
grandes implicações na forma como as pessoas vivem e trabalham, afetando o seu
bem-estar físico e mental de uma forma profunda.
Para entender os efeitos económicos e
sociais imediatos desta crise, a Eurofound lançou este inquérito em larga
escala, em toda a União Europeia. Intitulado “Viver, Trabalhar e COVID-19”, o
objetivo do inquérito é investigar o impacto no bem-estar, no trabalho e no
teletrabalho e na situação financeira das pessoas que vivem na Europa.
Os primeiros resultados mostram uma
Europa a lutar para responder à crise causada pela pandemia COVID-19, com
muitos inquiridos a reportarem níveis mais baixos de otimismo sobre o seu
futuro.
Globalmente, as pessoas mostram alguma
diminuição do seu bem-estar e também reportam níveis de confiança muito mais
baixos na UE e nos seus governos nacionais, em contraste com uma confiança
muito maior nos serviços de saúde e na polícia.
Os resultados do inquérito confirmam
também um aumento do teletrabalho e, para um número crescente de inquiridos, um
sentimento de insegurança em relação ao seu trabalho, com uma diminuição
dramática do tempo de trabalho.
Por último, o inquérito traça um quadro
claro da vida das pessoas nos 27 Estados-Membros que viram a sua situação
económica agravar-se e estão profundamente preocupadas com o seu futuro
financeiro.
O inquérito mantém-se online em
http://eurofound.link/survey002 e está agendada a disseminação dos resultados
finais em setembro.
Principais conclusões
- Os países mais atingidos pela pandemia
sentem o impacto mais significativo no seu bem-estar. Os resultados de alguns
países são particularmente marcantes, com a satisfação da vida em França a
atingir agora o nível mais baixo, em comparação com os inquéritos realizados
antes da crise.
- Mais de metade dos inquiridos da UE
encontram-se preocupados com o seu futuro em consequência da crise COVID-19,
com apenas 45% a sentirem-se otimistas. Ao contrário dos inquéritos realizados
antes da pandemia, países como a França, a Bélgica, a Itália e a Grécia estão a
ver o otimismo descer abaixo da média da UE.
- As pessoas em toda a UE relatam níveis
de confiança dramaticamente baixos na UE e nos seus governos nacionais,
nomeadamente em vários Estados-Membros tradicionalmente pró-UE, como a França,
a Itália e a Espanha, levantam questões fundamentais sobre a perceção da ação
da UE durante a crise.
- Mais de um quarto dos inquiridos em
toda a EU, nesta fase, reportam a perda de emprego temporariamente (23%) ou
permanentemente (5%), com os jovens mais afetados. Metade dos trabalhadores tem
também o seu horário de trabalho reduzido, especialmente na Roménia, Itália,
França, Chipre e Grécia. Os países nórdicos registaram menos reduções no tempo
de trabalho.
- Quase 40% das pessoas na Europa
reportam a sua situação financeira como pior do que antes da pandemia – o dobro
dos números reportados nas sondagens antes da crise. Cerca de metade indica que
as suas famílias não podem pagar as despesas e mais de metade reportam que não
conseguem manter o seu nível de vida por mais de três meses sem um
rendimento.
A situação é ainda mais dramática para
três quartos dos desempregados que não conseguem sobreviver por mais de três
meses, com 82% a informar que o seu agregado familiar tem dificuldade em pagar
as despesas.
Nota: tradução da responsabilidade do Departamento
de SST da UGT.
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